terça-feira, 31 de julho de 2018

Ex prefeito ficava com 2.500 de doente mental e liberava 50 reais na bodega pra ela se manter em Macau/RN

As pessoas doentes mentais sem sombras de dúvidas precisam ser cuidadas pelos seus responsáveis com carinho, zelo, amor e muito respeito, mas casos de abusos e explorações de pessoas deficientes mentais por àqueles que deveriam cuidar dos doentes indefesos são comuns no mundo todo e causam repugna, nojo e revolta. Em Macau no RN temos um exemplo claro desses tipo de crimes vindo do ex-prefeito da cidade Afonso Lemos e pai do atual prefeito de Macau Túlio Lemos, caso este que iremos detalhar para os leitores.

O processo criminal de Nº 0100457-62.2015.8.20.0105 classificado como crime de apropriação indébita, traz como réu o ex-prefeito Afonso de Ligório Lemos pela acusação de se apropriar de documentos e cartão do benefício para receber dinheiro no caixa eletrônico no valor mensal de R$ 2.502,23 de sua sobrinha doente mental e desviar o dinheiro para outros fins particulares como por exemplo pagar sua empregada doméstica, sua energia, sua água e demais despesas enquanto a sua sobrinha doente mental precisava do dinheiro para comprar seus remédios, roupas e até mesmo comida chegando a passar necessidades.

Em denúncia no Ministério Público a Srª Luísa Carla de França, que é sobrinha da vítima, informou que o ex-prefeito Afonso Lemos não estava repassando nenhum valor e nem ajudando de nenhuma maneira a sua sobrinha doente mental que terá seu nome preservado pelo Blog É isso aí!. A Srª Luísa denuncia também que a vítima está precisando de exames neurológicos, óculos, roupas, colchão, lençol, tratamento dentário dentre outros, mas que não pode fazer porque o ex-prefeito Afonso Lemos está ficando com o dinheiro da própria sobrinha doente mental e desviando para outros fins.

Em seu depoimento no Ministério Público Afonso confessa que usava o dinheiro da vítima para pagar sua empregada doméstica, além de suas contas pessoais como água, energia e gás de sua residência.

No processo consta ainda o depoimento de comerciantes locais como o Sr. "Chico de Biô" que afirma que "Afonso liberava na budega 50 reais pra Srª Luísa comprar pra sua sobrinha doente mental". Outro comerciante local conhecido por Luiz do Galeto afirma que apenas uma vez no final do ano de 2014 Afonso liberou para a Srª Luísa pegar apenas dois frangos em seu comércio.

Por isso restou provado para o Ministério Público que o ex-prefeito Afonso Lemos a partir de janeiro de 2014 começou a apropriar-se indevidamente dos valores que eram pra ser destinados a sua sobrinha doente mental, para o MP Afonso Lemos gastava o dinheiro da sua sobrinha com suas despesas pessoais e até mesmo com sua feira enquanto a sua sobrinha estava precisando, e às vezes destinava quantias irrisórias como por exemplo 50 reais numa bodega para a sua sobrinha se manter, ou seja, o ex prefeito Afonso Lemos recebia mais de 2.500 reais por mês da sobrinha e no final só repassava algo em torno de dois galetos e 50 reais numa bodega, enquanto sua sobrinha necessitava até de lençol para se cobrir.

Em virtude de todas as provas constantes nos autos o MP denunciou o ex prefeito pela prática delituosa prevista no art. 168 e art 71 do Código Penal Brasileiro e o caso segue na justiça desde então.
Além de todas as consequências legais e jurídicas esse caso deve sempre ser lembrado para que pessoas em situações semelhantes sejam denunciadas e punidas. Ficar com o dinheiro de pessoas doentes mentais para uso próprio e deixar o doente passar necessidades além de ilegal é imoral, àqueles que o praticam merecem não só a cadeia, mas também o escárnio público de toda uma sociedade por ter praticado tal crime digno de nojo e repulsa.
O ex prefeito Afonso Lemos deve servir de mau exemplo nesse caso, pois além de ter uma ficha processual extensa, com mais de uma dezena de processos e condenações, merece o repúdio público e popular por fazer sofrer uma inocente, frágil e que precisava de cuidados médicos e especiais enquanto ele gastava o dinheiro dela da forma como bem queria.

É isso aí!
Por Leandro de Souza

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