"Respeito muito minhas lágrimas, mas ainda mais minha risada, inscrevo assim minhas palavras na voz de uma mulher sagrada, vaca profana põe teus cornos pra fora e acima da manada"
Inicio mais este texto com a citação acima da música Vaca Profana de Caetano Veloso para fazer uma alusão sobre a tão falada reforma administrativa de mais de 300 páginas proposta pelo prefeito Túlio Lemos no dia de hoje, + 04/04/2017, aos vereadores macauenses e aprovada pelos mesmos sem ao menos terem-na lido.
A reforma administrativa apesar de ser datada de 22/03/2017, só foi protocolada hoje na câmara municipal em regime de "urgência urgentíssima" que diga-se de passagem não existe tal especificação no regimento interno da casa e aprovado por 7 votos e 5 vereadores se retiraram da sessão em protesto. Os vereadores adeptos da "Dona das divinas tetas derrame o leite bom na minha cara e o leite mau na cara dos caretas" que votaram a favor foram: Dantas, Lampião, Dinarte, Diana, Ceição, Carlinhos e Mônica. E os vereadores que foram contrários a reforma adotando a postura de que Macau deve ficar "Perto do mar, longe da cruz" foram: Emanuel Clélio, Italo Mendonça, Cláudio Gia, Oscar Paulino, Wilder. Os 05 vereadores de oposição antes de se retirarem ainda requereram ao presidente da casa, Pintinho, um prazo de 10 dias para analisarem a reforma e conforme manda o regimento, quando 1/3 dos vereadores da casa fazem tal requerimento, este tem que ser atendido obrigatoriamente, mas estranhamente o presidente da casa pôs o requerimento do prazo de 10 dias em votação e não foi aceito. Outro fato estranho foi o presidente Pintinho ter dito antes que a reforma quando chegasse seria discutida a exaustão pela casa, mas hoje fez o contrário do que falou e simplesmente pôs a reforma para a votação sem discussão, debates, ajustes e pasmem leitor, sem ao menos ter sido lida.
A reforma aumenta o número de cargos comissionados e o salário dos já existentes no quadro da prefeitura, abrindo assim cargos para os vereadores aliados ao prefeito conforme prometido aos mesmo em acordos feitos para que eles também pudessem se privilegiar da "Vaca das divinas tetas, teu bom só para o oco, minha falta".
A reforma cria também, inconstitucionalmente, a procuradoria geral do município, com o cargo de procurador sendo indicado pelo prefeito e não através de concurso público como determina a legislação vigente, o salário de procurador pode ultrapassar a cifra dos 20 mil reais dependendo das gratificações pagas pela "Dona das divinas tetas quero teu leite todo em minha alma, nada de leite mau para os caretas".
A reforma ainda modifica os cargos técnicos, que de acordo com o Ministério Público os ocupantes de tal função precisam de qualificação técnica necessária para assumir a função, e os transforma em assessores e assessores especiais onde não se precisa de formação técnica e acadêmica, mas apenas a vontade do chefe do poder executivo, ou seja, indicação do prefeito. É a verdadeira nomeação por QI (Quem Indica), não precisa ter estudo, basta ter apadrinhamento político para que o comissionado possa se beneficiar da "Vaca das divinas tetas, o leite bom todo em minha garganta e o leite mau para os caretas"
O povo pode até ser careta, mas certamente não é mais bobo e hoje deve está se perguntando se a renovação que fez na última eleição realmente valeu a pena, ou se trocou 6 por meia dúzia, ou seja, o prefeito e os vereadores que aprovaram a reforma das divinas tetas demonstraram que são apenas mais do mesmo. Enquanto o povo pede a "Deusa de assombrosas tetas, gotas do leite bom na minha cara, chuva do mesmo bom sobre os caretas".
Enquanto isso "Eu também sei ser careta, de perto ninguém é normal, às vezes segue em linha reta a vida que é meu bem, meu mau". Estamos de olho, e o Blog É isso aí está mais incisivo e fiscalizador do que nunca nos assunto pertinentes a essa vaca profana e dona das divinas tetas chamada prefeitura onde muitos inescrupulosos querem mamar deixando o povo careta a míngua.
É isso aí!
Por Leandro de Souza
com citações e inspiração da Música Vaca Profana composta por Caetano Veloso em 1986.
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