É comum que antes de se iniciar uma nova gestão de governo nos poderes públicos eletivos os novos gestores eleitos criem comissões e equipes de transição para que possa ser avaliada a real situação administrativa que os novos eleitos encontrarão pela frente.
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| Rodrigo Aladim, vice prefeito Eleito e coordenador da equipe de transição |
Não diferente está sendo em Macau/RN, onde o prefeito eleito Túlio Lemos nomeou o seu vice, Rodrigo Aladim, para chefiar essa equipe de transição e se inteirar de toda a situação administrativa que se encontra o poder executivo municipal, a equipe será composta por vários profissionais de áreas específicas e já protocolou na Prefeitura na última quarta feira 26 uma relação de 44 itens solicitando documentações do poder público municipal baseadas em recomendações do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O prefeito eleito Túlio Lemos recomendou cautela e expôs a todos os membros da comissão "a necessidade de encarar a situação com bastante seriedade para se buscar a real situação que irão enfrentar a partir do dia 1º de janeiro". Esta declaração chama a atenção pois diverge de todo o discurso de campanha feito pelo então candidadto, hoje prefeito eleito, que sempre afirmava que a cidade de Macau era rica e tinha muitos recursos, porém estava sendo mal administrada, baseado nisso fez promessas de campanhas como criar UTIs no hospital municipal, Carteiras de Habilitação custeadas pela prefeitura, instalação de ar condicionado no mercado público municipal, custeio de faculdade de medicina para estudantes de Macau, dentre outras.
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| Túlio Lemos, prefeito eleito |
O fato é que com essa declaração e com o pedido de austeridade em todos os gestos a serem evidenciados pela equipe de transição, Túlio Lemos acena não só com uma mudança de discurso, mas também com uma mudança de visão mais perto da realidade que se encontra Macau nos dias de hoje, e porque não dizer que adota uma postura mais responsável e honesta com todos aqueles que o elegeram a prefeito e também com todos da Cidade do Sal. Digo isto porque uma cidade que declara estar em crise financeira a alguns anos demitindo contratados sem os pagar, cortando cargos, salários atrasados, fornecedores sem receber, convênios suspensos , dentre outros, não pode ter todos os seus problemas resolvidos do dia para a noite como num passe de mágica.
As receitas do município caem consideravelmente todos os meses e nem os gestores e nem habitantes aprenderam ainda a viverem com isso, hoje o município de Macau arrecada pouco mais de 800 mil reais em royalties de petróleo, no governo de Flávio Veras, por exemplo, esse valor chegou a superar a casa dos 6 milhões, ou seja é uma tremenda dor de cabeça para qualquer gestor público administrar e encontrar soluções para tamanha perda. O fato é que Túlio ao que tudo indica parece adotar um discurso mais pé no chão voltado a realidade do que lhe espera a partir de 1° de janeiro de 2017.
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| Einstein Barbosa, prefeito interino em exercício |
Outro fato curioso e muito preocupante está no fato de até agora o prefeito interino Einstein Barbosa não ter recebido o vice prefeito Rodrigo Aladim, apesar das diversas tentativas deste, e nem ter dado uma posição concreta se vai atender e aceitar a atuação da equipe de transição de Túlio, o que com certeza pode gerar mais atrasos para o município e para o povo de Macau que já anda tão sofrido.
É isso aí
Por Leandro de Souza
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