quinta-feira, 13 de julho de 2017

O despreparo de Túlio envergonha os vereadores submissos

Em abril deste ano após a polêmica do Presidente da câmara dos vereadores ter se ausentado da sessão da Câmara em sinal de protesto quando o executivo municipal enviou um projeto de lei para ser votado em regime de "urgência urgentíssima" sem dar tempo nem dos vereadores lerem os documentos que estavam votando, o prefeito de Macau Túlio Lemos afirmou à imprensa: "Não enviarei a Câmara Municipal nenhum projeto que envergonhe ou constranja os vereadores".


O fato se deu em virtude de na sessão anterior da casa legislativa, o prefeito ter enviado uma reforma administrativa contendo mais de 300 páginas com os vereadores recebendo o texto às 11:00 hs da manhã e tendo que votá-lo às 16:00 hs da tarde. O texto da reforma definia aumento de salário para os cargos comissionados, criação de novos cargos comissionados, extinção de cargos técnicos, criação de uma procuradoria sem necessidade de concurso público para o procurador, concessão de gratificação de R$ 900,00 para o próprio prefeito e de R$ 600,00 para os secretários sempre que se reunissem dentre outras coisas.
Submissos como numa relação quase que masoquista, (com a diferença de que o povo é quem sofre) entre dominador e dominado, os vereadores aliados do prefeito (Carlinhos do Valadão, Dyana Lira, Dinarte, Mônica Ribeiro, Dantas, Lampião e Ceição de Negola) aprovaram a famigerada reforma administrativa (com o aval do presidente da casa, o vereador Pintinho) enviada por Túlio Lemos sem pelo menos terem-na lido, isso mesmo que você leu, os vereadores aliados do governo votaram a favor da reforma que está levando Macau para um precipício sem pelo menos terem lido sequer uma página, ou seja, assinaram um cheque em branco e entregaram na mão do prefeito, só que a conta deste cheque quem está pagando é o povo macauense. Certamente os vereadores ganharam alguns afagos da mão do seu dominador para se submeterem a este vexame histórico como por exemplo vagas para cargos comissionados distribuídos entre familiares e aliados dos vereadores submissos e dominados.

Passaram-se 03 meses da aprovação da reforma e a folha de pagamento com cargos comissionados ultrapassou a cifra de 1 milhão de reais, valores surreais para a prefeitura que não consegue pagar em dia mais de 200 mil reais para tais cargos. Neste mês de julho a prefeitura só pagou 70% do salário desses cargos comissionados e só conseguiu pagar graças a ter utilizado uma verba federal de mais de 900 mil reais destinada para pagamento da primeira parcela do 13º salário dos servidores efetivos, ou seja, Túlio não pagou o adiantamento do 13º para pagar parte do salário dos seus cargos comissionados, e vai baixar um decreto nos próximos dias reduzindo 30% do salário de todos os cargos comissionados, a chamada reforma da reforma, igual a um pedreiro que faz um serviço mal feito. Dessa forma a conclusão que se chega é de que assim como os vereadores votaram sem ler, Túlio enviou a reforma sem ter feito sequer um estudo de impacto financeiro da reforma nos cofres do município, o que mostra total despreparo do prefeito que desde que assumiu vem cometendo erros infantis do alto da sua cadeira.
Túlio mostra despreparo também reduzindo em 30% o salário dos comissionados por só ter conseguido pagar esse valor, pois não levou em consideração que ele só conseguiu pagar esse percentual graças a arrecadação extra de mais de 900 mil reais que deveria ter sido utilizada para adiantamento do 13º e que não receberá nos próximos meses, se não fosse essa verba ele não pagaria valor algum aos cargos comissionados. 
O prefeito mostra despreparo também por estar usando a arrecadação da primeira quinzena do mês para pagar valores atrasados, o que significa que o município já está com déficit salarial. Desta forma a afirmação da época da campanha de que Túlio estava preparado para governar Macau, cai por terra, não passou de mais uma história bonita para enganar os macauenses que sofrem na cidade sem as condições básicas no município.

E assim segue a rotina do executivo e legislativo macauense. Túlio dominador e vereadores submissos, juntos realizando suas fantasias e desejos mais obscuros, mesmo o despreparo de um sendo motivo da vergonha do outro.

É isso aí!

Por Leandro de Souza   

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