sábado, 27 de abril de 2019

A Irresponsabilidade Fiscal de Túlio Lemos alcançou 71%

O Tribunal de Contas do Estado emitiu nota alertando o prefeito de Macau, Túlio Lemos, que seus gastos com o pessoal está em mais de 71% do que a prefeitura arrecada. A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que o percentual máximo é de 54%.

Para que o leitor possa entender melhor vamos fazer uma analogia: imagine que um pai de família tenha sua esposa e 3 filhos, e que sua renda mensal seja se R$ 1.000 (mil reais). Com esses mil reais ele terá que pagar todas as despesas da casa, energia, água, alimentos etc e ainda dar uma mesada todos mês aos seus filhos e esposa. Quanto você daria de mesada e quanto deixaria para pagar as despesas?
Se esse pai de família fosse a prefeitura de Macau ele estaria dando todos mês R$ 710 (setecentos e dez reais) de mesada e ficando com R$ 290 (duzentos e noventa reais) para pagar todas as outras despesas!
Percebem como a conta está desequilibrada e como o pai de família não vai conseguir pagar as despesas em dia?
Pois bem, trazendo esses números para a realidade da prefeitura de Macau é mais ou menos assim: a prefeitura arrecada em média por mês R$ 6.000.000 (seis milhões de reais) mas gasta só com folha de pagamento, ou seja com o salário dos servidores 71%, R$ 4.260.000 (quatro milhões duzentos e sessenta mil), sobrando apenas R$ 1.740.000 (um milhão setecentos e quarenta mil) para o prefeito pagar todas as outras despesas que são: combustíveis, medicamentos, manutenção de estruturas de prédios, fornecedores, fazer obras etc.
Dessa forma o dinheiro não é suficiente pra fazer a cidade andar como tem que ser, por isso se diz que a cidade está engessada, parada, travada.
Só existem duas soluções possíveis para este caso, a primeira é aumentar as receitas do município e não contratar mais ninguém, coisa que não deve acontecer uma vez que não está previsto nenhum aumento de receitas no município. A segunda e mais viável é reduzir o gasto com a folha de pessoal, e só se faz isso cortando cargos e gratificações, ou seja desinchando a máquina pública, exonerando. 

Era comum no passado governos empregarem muita gente para garantirem vitórias em eleição, ora! com um grande número de pessoas empregadas na prefeitura aumenta a quantidade de votos do candidato, há casos de governos que chegaram a ter 90% das suas finanças todas dedicadas a folha de pagamento.
Só que não há como empregar toda a cidade, agindo dessa forma Túlio prioriza uma minoria que emprega em detrimento da maioria da população que sofre com a cidade praticamente abandonada.
Se a estratégia dele for empregar muita gente para garantir a reeleição, ele está no caminho errado, caminho contrário ao que ele pregou e prometeu. Túlio foi eleito como o novo, a mudança, o moderno, mas falta pra Túlio tornar o seu governo moderno, técnico. Na verdade com essas ações Túlio parece estar mais interessado em fazer uma governo que seja o espelho e a continuidade do que foi o governo do seu pai no passado do que fazer algo diferente, e já se passaram 25 anos e aquele tipo de governo, de gestão praticado por seu pai, aquela forma de se fazer política não cabe mais no dia de hoje, está velha e ultrapassada.
Agindo dessa forma Túlio passa uma imagem de que o novo já nasce velho.
O prefeito de Macau tem em suas mãos a escolha de Sofia para fazer: ou demite e equilibra as finanças pra governar, ou deixa do jeito que está e assume a responsabilidade com a punição dos órgãos controladores fiscais.
Nessa hora na cabeça do prefeito deve estar a todo momento passando uma antiga canção de Ney Matogrosso: "Nunca vi rastro de cobra, nem couro de lobisomem, se correr o bicho pega se ficar o bicho come"

É isso aí!
Por Leandro de Souza

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