De acordo com o
delegado, a criança foi abandonada no sábado (22), por volta das 16h. Após
identificar a mãe da criança, a Polícia Civil pediu a prisão temporária da
mulher e, com o mandado expedido pela Justiça, a deteve em Goianinha, onde
mora.
"Ouvida
formalmente, a mãe confessou o crime e detalhou, dentro dos limites que foi
possível, a motivação do crime e a execução. Infanticídio será apurado, mas só
a perícia vai confirmar o puerpério. Infelizmente, a criança foi deixada com
vida no local", afirmou o delegado.
Cidórgeton conta que a
mulher "não sabia o desdobramento desse abandono" e "foi
surpreendida com a informação de que o bebê havia falecido". "Durante
12 dias, entre o nascimento no dia 10 de agosto até o dia 22, ela e a criança
permaneceram internadas porque ela teve complicações pós-parto. Ela caminhou
pelas margens, mas aí resolveu abandonar a criança. Pediu um táxi e foi
embora", contou.
A motivação revelada durante o
interrogatório, segundo a mulher, teria sido um "estágio de depressão
muito agudo, muito acentuado". A gravidez, de acordo com o delegado,
também foi mantida em sigilo pela mulher.
"Houve um
detalhamento quanto ao pai biológico da criança não aceitá-la e também ser um
presidiário. Ela tinha o receio da rejeição de familiares e amigos. Durante
toda a gestação, ela sofreu com esses sintomas, segundo ela. Ficou
enclausurada, ninguém descobriu a gravidez dela. As únicas pessoas que sabiam
eram ela e a filha pequena de 3 anos. Foi uma surpresa para todos os familiares
e isso a gente pôde constatar quando foi fazer a prisão", falou Cidorgeton.
O caso
O corpo do
bebê foi encontrado dentro de uma bolsa às margens da BR-101. Um homem que
passava pelo local viu o corpo e acionou a Polícia Militar.
A criança, um
menino, nasceu há duas semanas. “Achamos a data de nascimento em uma caderneta
que é entregue na maternidade e que estava na bolsa. Essa criança nasceu em 10
de agosto passado”, relatou o delegado Cidorgenton Pinheiro, durante a manhã.
Ele afirmou
que a polícia buscaria, através da data de nascimento, descobrir a história do
bebê, para chegar aos pais e também à autoria do crime. O delegado destacou que
a página na qual constam informações sobre os pais, e que também existe na
caderneta, foi arrancada.
Dentro da bolsa, além do corpo do bebê,
havia roupas de recém-nascido. A cena chocou os policiais.“É algo que eu jamais
gostaria de ver”, disse o sargento Azian Kystene, do 3º Batalhão, responsável
pela área de São José de Mipibu.
O corpo do bebê foi
levado à sede do Instituto de Perícia, em Natal. A Delegacia de São José de
Mipibu investigará o caso.
G1RN
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