As festividades carnavalescas da cidade de Macau no ano de 2018 serão alvo de investigação por parte da Câmara Municipal. O presidente da casa, vereador Jairton Medeiros Pintinho, afirmou na última sessão realizada na quinta feira, 15/02/2018, que a Câmara irá investigar o carnaval de 2018.
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Programação, patrocinadores e realizadores do carnaval gratuito |
O vereador protocolou requerimento, pedindo explicações ao prefeito Túlio Lemos sobre a realização do carnaval. Pintinho entre outras solicitações quer que o prefeito apresente o termo de acordo firmado com a iniciativa privada para que a prefeitura pudesse realizar o evento.
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Presidente da Câmara afirma que irá investigar o carnaval 2018 |
Já o vereador Emmanuel Clélio Kekel, também protocolou requerimentos na Câmara pedindo vários esclarecimentos sobre a realização do carnaval 2018, dentre eles que as empresas privadas que a prefeitura alegou patrocinarem o carnaval, apresentem as notas dos valores doados, os canhotos numerados com a quantidade de senhas vendidas na festa a noite no clube da praia pertencente a prefeitura, dentre outros.
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Vereador Kekel também irá representar no Ministério Público |
Kekel apresentará ainda uma representação no Ministério Público onde demonstra que além do prefeito Túlio Lemos descumprir recomendação do Órgão nos carnavais de 2017 e 2018, quando teria utilizado recursos públicos para a realização de festas, ainda utilizou o nome de empresas para divulgar uma suposta parceria entre prefeitura e empresas privadas, mas quando na verdade quem teria bancado a maioria das despesas teria sido a prefeitura.
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Programação da festa privada realizada por Valmir Mendoça que teve shows cancelados, entradas gratuitas e um fracasso na bilheteria |
Essa representação do vereador Kekel se somará a outras já existentes no MP do vereador Cláudio Gia protocoladas antes e durante as festas carnavalescas na cidade.
Vereador Cláudio Gia também representou no MP |
Alguns pontos que geram suspeitas sobre irregularidades no carnaval de 2018 são por exemplo a falta de transparência em que se deu essa parceria público privada onde nada foi publicado em diário oficial, nem mesmo a cessão do clube da praia para o empresário Valmir Mendonça como afirmou o prefeito Túlio Lemos em entrevista concedida a emissoras de TV.
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Júnior Grafith e Valmir Mendonça, ambos indiciados na Operação Máscara Negra |
Valmir aliás é peça fundamental das investigações, pois segundo o próprio prefeito foi o maior patrocinador para que as festas acontecessem doando trio elétrico e bandas para tocarem de graça no arrastão do campeonato de blocos e no tradicional mela mela. Fato que desperta suspeita uma vez que o empresário do ramo de festas doou um trio elétrico e uma banda para tocar de graça para a população enquanto ele mesmo realizava outra festa ao preço de 30 reais a entrada no mesmo dia e horário, resultando num prejuízo no primeiro dia de festa de milhares de reais, ou seja, o empresário teria sido o principal causador do seu prejuízo propositadamente. Além do cancelamento de vários shows e de abrir os portões do clube para que o público entrasse gratuitamente, ora, se o público entrou de graça e o empresário teve um prejuízo ao final do evento de centenas de milhares de reais de onde saiu o dinheiro para ainda assim doar trio elétrico e bandas para tocar de graça durante 5 dias de festa?
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Sábado de Carnaval `as 1:30 hs da madrugada na festa realizada por Valmir Mendonça |
Pesa ainda contra Valmir Mendonça estar sendo denunciado na operação Máscara Negra por super faturamento de bandas em Macau ainda no ano de 2012, como o leitor pode conferir clicando AQUI. E mesmo assim ter sido o escolhido e beneficiado pelo prefeito Túlio Lemos para realizar o carnaval da cidade.
Os primeiros passos para a investigação na Câmara Municipal devem ser a convocação dos membros da COC (Comissão de Organização do Carnaval) nomeados pelo prefeito Túlio Lemos em Diário Oficial que é composta pelo ex-prefeito, pai de Túlio e presidente da comissão o sr. Afonso Lemos, e dos demais membros Mateus Rudnick (Assessor do prefeito), o jornalista Celso Amâncio e o ex-vereador e promotor de festas Arapuá.
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Trio elétrico e bandas que teriam sido pagas pela iniciativa privada segundo a prefeitura |
Da parte do governo a estratégia de defesa já está montada. Os membros deverão alegar que a Câmara e o MP não tem autonomia para investigar gastos privados, já que para eles a festa foi privada e que os membros não tem acesso e não saberiam dar as informações com relação aos eventos privados.
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O prefeito Túlio Lemos participou de alguns dias de festa cercado de amigos e seguranças |
Ao mesmo tempo os membros alegam que o prefeito Túlio Lemos irá voluntariamente até o Ministério Público prestar contas do Carnaval de 2018, o que no mínimo se torna uma contradição, uma vez que se na Câmara os membros adotarão a estratégia de alegar que o evento foi privado, como pode o prefeito ir prestar contas de um evento privado? terá sido ele quem organizou a festa privada também? ou a pessoa mais indicada para prestar contas seria o empresário Valmir Mendonça e quem mais patrocinou o carnaval?
Será que Valmir vai no MP?
Vamos acompanhar de perto o desenrolar dos fatos.
É isso aí!
Por Leandro de Souza
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