terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Carnaval de Macau será alvo de investigação

As festividades carnavalescas da cidade de Macau no ano de 2018 serão alvo de investigação por parte da Câmara Municipal. O presidente da casa, vereador Jairton Medeiros Pintinho, afirmou na última sessão realizada na quinta feira, 15/02/2018, que a Câmara irá investigar o carnaval de 2018.
Programação, patrocinadores e realizadores do carnaval gratuito

O vereador protocolou requerimento, pedindo explicações ao prefeito Túlio Lemos sobre a realização do carnaval. Pintinho entre outras solicitações quer que o prefeito apresente o termo de acordo firmado com a iniciativa privada para que a prefeitura pudesse realizar o evento.
Presidente da Câmara afirma que irá investigar o carnaval 2018

Já o vereador Emmanuel Clélio Kekel, também protocolou requerimentos na Câmara pedindo vários esclarecimentos sobre a realização do carnaval 2018, dentre eles que as empresas privadas que a prefeitura alegou patrocinarem o carnaval, apresentem as notas dos valores doados, os canhotos numerados com a quantidade de senhas vendidas na festa a noite no clube da praia pertencente a prefeitura, dentre outros. 
Vereador Kekel também irá representar no Ministério Público

Kekel apresentará ainda uma representação no Ministério Público onde demonstra que além do prefeito Túlio Lemos descumprir recomendação do Órgão nos carnavais de 2017 e 2018, quando teria utilizado recursos públicos para a realização de festas, ainda utilizou o nome de empresas para divulgar uma suposta parceria entre prefeitura e empresas privadas, mas quando na verdade quem teria bancado a maioria das despesas teria sido a prefeitura.
Programação da festa privada realizada por Valmir Mendoça que teve shows cancelados, entradas gratuitas e um fracasso na bilheteria

Essa representação do vereador Kekel se somará a outras já existentes no MP do vereador Cláudio Gia protocoladas antes e durante as festas carnavalescas na cidade.
Vereador Cláudio Gia também representou no MP

Alguns pontos que geram suspeitas sobre irregularidades no carnaval de 2018 são por exemplo a falta de transparência em que se deu essa parceria público privada onde nada foi publicado em diário oficial, nem mesmo a cessão do clube da praia para o empresário Valmir Mendonça como afirmou o prefeito Túlio Lemos em entrevista concedida a emissoras de TV.
Júnior Grafith e Valmir Mendonça, ambos indiciados na Operação Máscara Negra

Valmir aliás é peça fundamental das investigações, pois segundo o próprio prefeito foi o maior patrocinador para que as festas acontecessem doando trio elétrico e bandas para tocarem de graça no arrastão do campeonato de blocos e no tradicional mela mela. Fato que desperta suspeita uma vez que o empresário do ramo de festas doou um trio elétrico e uma banda para tocar de graça para a população enquanto ele mesmo realizava outra festa ao preço de 30 reais a entrada no mesmo dia e horário, resultando num prejuízo no primeiro dia de festa de milhares de reais, ou seja, o empresário teria sido o principal causador do seu prejuízo propositadamente. Além do cancelamento de vários shows e de abrir os portões do clube para que o público entrasse gratuitamente, ora, se o público entrou de graça e o empresário teve um prejuízo ao final do evento de centenas de milhares de reais de onde saiu o dinheiro para ainda assim doar trio elétrico e bandas para tocar de graça durante 5 dias de festa? 
Sábado de Carnaval `as 1:30 hs da madrugada na festa realizada por Valmir Mendonça

Pesa ainda contra Valmir Mendonça estar sendo denunciado na operação Máscara Negra por super faturamento de bandas em Macau ainda no ano de 2012, como o leitor pode conferir clicando AQUI. E mesmo assim ter sido o escolhido e beneficiado pelo prefeito Túlio Lemos para realizar o carnaval da cidade.
Os primeiros passos para a investigação na Câmara Municipal devem ser a convocação dos membros da COC (Comissão de Organização do Carnaval) nomeados pelo prefeito Túlio Lemos em Diário Oficial que é composta pelo ex-prefeito, pai de Túlio e presidente da comissão o sr. Afonso Lemos, e dos demais membros Mateus Rudnick (Assessor do prefeito), o jornalista Celso Amâncio e o ex-vereador e promotor de festas Arapuá.
Trio elétrico e bandas que teriam sido pagas pela iniciativa privada segundo a prefeitura

Da parte do governo a estratégia de defesa já está montada. Os membros deverão alegar que a Câmara e o MP não tem autonomia para investigar gastos privados, já que para eles a festa foi privada e que os membros não tem acesso e não saberiam dar as informações com relação aos eventos privados.
O prefeito Túlio Lemos participou de alguns dias de festa cercado de amigos e seguranças

Ao mesmo tempo os membros alegam que o prefeito Túlio Lemos irá voluntariamente até o Ministério Público prestar contas do Carnaval de 2018, o que no mínimo se torna uma contradição, uma vez que se na Câmara os membros adotarão a estratégia de alegar que o evento foi privado, como pode o prefeito ir prestar contas de um evento privado? terá sido ele quem organizou a festa privada também? ou a pessoa mais indicada para prestar contas seria o empresário Valmir Mendonça e quem mais patrocinou o carnaval?
Será que Valmir vai no MP?
Vamos acompanhar de perto o desenrolar dos fatos.

É isso aí!
Por Leandro de Souza

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